Breve exercício de divertimento com uma puta de rua
Hoje apetecia espairecer. O dia fora longo, e tanto o corpo como o espírito mereciam alguns mimos. Ia jantar fora.
Liguei a um grande amigo meu, o N. Combinámos as coisas e, já que três são mais do que dois, e a galhofa é maior, estendemos o convite a um outro amigo nosso, o E. Às 19h45, lá estaríamos à porta do E, já que assim podíamos aproveitar o pópó e ir para fora do centro.
O N apareceu-me no trabalho. Finalizei o dia e ala para uma cervejinha fresquinha a fazer tempo para irmos ter com o E.
Como o E trabalha pertíssimo de mim, chegamos lá ainda faltava um bom bocado para a hora marcada. Lá estávamos nós junto ao carro do moço, quando reparámos no que por ali andava, no outro lado da rua: putedo. Três, para ser mais exacto: uma já entradota, assim na casa dos quarentas e muitos, cinquentas e poucos, loura oxigenada, e as outras duas mais pitas, e que, apesar da pouca luz naquela parte da rua, dava para perceber que ainda não deviam ter mais do que 20 anitos.
Eu e o N estávamos distraídos, lá metidos na nossa vida e a comentar o caso do dia, a detenção do Pinto-Rei, quando noto que uma das mais novitas vinha na nossa direcção.
"Olha, temos companhia... Só nos faltava mais esta", murmurei p'ró N.
Aproximou-se de mansinho, de cigarro por estrear em riste. Uma das clássicas manobras de ataque...
"Boa noite. Têm lume que me possam dar?"
O N lá lhe acendeu o cigarro, e depois de dar umas passas para garantir que o cigarro ficava mesmo aceso, agradeceu e disse, quase num tom justificativo "Está frio... Apetecia mesmo."
"Pois", respondi eu, totalmente distraído, mesmo naquela de fazer conversa sobre o tempo, "isto está a ficar mais fresco".
Uma breve hesitação entre duas passas e o convite do costume: "Nenhum dos senhores quer ir comigo...?"
Eu olhei para o N, o N olhou para mim, e acabei por dizer, assim como quem não quer a coisa, só para gozar um bocado, mas com a expressão mais normal deste mundo "Acho que não ias querer que fôssemos contigo. É que tanto eu como ele gostamos de coisas assim um bocado pesadas...".
Ao ouvir isto, o N teve de tossir para dissimular o riso. Já nos conhecemos há muitos anos, muitos mesmo, e ele está a par de muitas das minhas preferências assim mais "quinquis", por isso sabia que, em parte, eu até estava a falar a sério. Só não esperava era por isto...
Ela ficou um bocado confusa.
"Pesadas? Como assim? Que quer dizer com isso?"
"Bom... pesadas, percebes... Como é que te explico de forma a que entendas...? Bem, nós gostamos de bater nas tipas com quem fodemos, de as amarrar, de as obrigar a fazer coisas más e dolorosas. E olha, estamos à espera de um amigo nosso que é ao contrário: curte é que sejam as mulheres a fazer-lhe mal."
A puta ficou literalmente boquiaberta. Pudera. Os tipos com quem ela fodia só deviam querer esvaziar os colhões e porem-se a andar, nada de variedades. Às tantas, era a primeira vez que ouvia falar em tais "taradices".
O N disse que ia ver se o E já estava pronto, só para se afastar dali, tal era a vontade que ele tinha para desatar à gargalhada.
"Pois...", disse ela, assim meia atrapalhada, "realmente, é um pouco puxado. Nunca tinha ouvido falar nisso..."
"Mas nós pagamos bem. Só que as vezes elas ficam um bocado marcadas... De qualquer forma, não fazemos nada de perigoso nem que elas não aceitem...". Eu continuava com o meu paleio, como se estivesse a falar da coisa mais banal deste mundo.
"Assim não, deve doer... Obrigado pelo lume.", e foi-se afastando. Assim que chegou junto das outras, elas indagaram-na, e a coitada deve ter desbobinado tudo, pois vi-as a olhar muito para mim.
Nisto o N voltou com o E, e toca a andar. Ao entrar no carro, e para acabar em beleza, ainda disse à gaja "Lembra-te do que te disse... Se quiseres alinhar...". Se ela os tivesse, cairiam no chão, certamente.
Quando contámos a cena ao E, ia-se mijando a rir, especialmente com a parte em que me referi a ele.
Claro está que isto deu para andarmos na gargalhada durante todo o jantar.... E certamente que irá colorir muitas das nossas borgas no futuro.
Divirtam-se!
Exocet
Liguei a um grande amigo meu, o N. Combinámos as coisas e, já que três são mais do que dois, e a galhofa é maior, estendemos o convite a um outro amigo nosso, o E. Às 19h45, lá estaríamos à porta do E, já que assim podíamos aproveitar o pópó e ir para fora do centro.
O N apareceu-me no trabalho. Finalizei o dia e ala para uma cervejinha fresquinha a fazer tempo para irmos ter com o E.
Como o E trabalha pertíssimo de mim, chegamos lá ainda faltava um bom bocado para a hora marcada. Lá estávamos nós junto ao carro do moço, quando reparámos no que por ali andava, no outro lado da rua: putedo. Três, para ser mais exacto: uma já entradota, assim na casa dos quarentas e muitos, cinquentas e poucos, loura oxigenada, e as outras duas mais pitas, e que, apesar da pouca luz naquela parte da rua, dava para perceber que ainda não deviam ter mais do que 20 anitos.
Eu e o N estávamos distraídos, lá metidos na nossa vida e a comentar o caso do dia, a detenção do Pinto-Rei, quando noto que uma das mais novitas vinha na nossa direcção.
"Olha, temos companhia... Só nos faltava mais esta", murmurei p'ró N.
Aproximou-se de mansinho, de cigarro por estrear em riste. Uma das clássicas manobras de ataque...
"Boa noite. Têm lume que me possam dar?"
O N lá lhe acendeu o cigarro, e depois de dar umas passas para garantir que o cigarro ficava mesmo aceso, agradeceu e disse, quase num tom justificativo "Está frio... Apetecia mesmo."
"Pois", respondi eu, totalmente distraído, mesmo naquela de fazer conversa sobre o tempo, "isto está a ficar mais fresco".
Uma breve hesitação entre duas passas e o convite do costume: "Nenhum dos senhores quer ir comigo...?"
Eu olhei para o N, o N olhou para mim, e acabei por dizer, assim como quem não quer a coisa, só para gozar um bocado, mas com a expressão mais normal deste mundo "Acho que não ias querer que fôssemos contigo. É que tanto eu como ele gostamos de coisas assim um bocado pesadas...".
Ao ouvir isto, o N teve de tossir para dissimular o riso. Já nos conhecemos há muitos anos, muitos mesmo, e ele está a par de muitas das minhas preferências assim mais "quinquis", por isso sabia que, em parte, eu até estava a falar a sério. Só não esperava era por isto...
Ela ficou um bocado confusa.
"Pesadas? Como assim? Que quer dizer com isso?"
"Bom... pesadas, percebes... Como é que te explico de forma a que entendas...? Bem, nós gostamos de bater nas tipas com quem fodemos, de as amarrar, de as obrigar a fazer coisas más e dolorosas. E olha, estamos à espera de um amigo nosso que é ao contrário: curte é que sejam as mulheres a fazer-lhe mal."
A puta ficou literalmente boquiaberta. Pudera. Os tipos com quem ela fodia só deviam querer esvaziar os colhões e porem-se a andar, nada de variedades. Às tantas, era a primeira vez que ouvia falar em tais "taradices".
O N disse que ia ver se o E já estava pronto, só para se afastar dali, tal era a vontade que ele tinha para desatar à gargalhada.
"Pois...", disse ela, assim meia atrapalhada, "realmente, é um pouco puxado. Nunca tinha ouvido falar nisso..."
"Mas nós pagamos bem. Só que as vezes elas ficam um bocado marcadas... De qualquer forma, não fazemos nada de perigoso nem que elas não aceitem...". Eu continuava com o meu paleio, como se estivesse a falar da coisa mais banal deste mundo.
"Assim não, deve doer... Obrigado pelo lume.", e foi-se afastando. Assim que chegou junto das outras, elas indagaram-na, e a coitada deve ter desbobinado tudo, pois vi-as a olhar muito para mim.
Nisto o N voltou com o E, e toca a andar. Ao entrar no carro, e para acabar em beleza, ainda disse à gaja "Lembra-te do que te disse... Se quiseres alinhar...". Se ela os tivesse, cairiam no chão, certamente.
Quando contámos a cena ao E, ia-se mijando a rir, especialmente com a parte em que me referi a ele.
Claro está que isto deu para andarmos na gargalhada durante todo o jantar.... E certamente que irá colorir muitas das nossas borgas no futuro.
Divirtam-se!
Exocet